Mais um trabalho que realizei aqui no Studio Gil Evans Luthieria Curitiba. Desta vez foi a montagem de uma nova elétrica para uma guitarra modelo Les Paul.

A elétrica foi toda refeita, uma vez que a guitarra ficou muito tempo parada e os potenciômetros e fiação estavam oxidados.

Falando em potenciômetros, usei um conjunto de potenciômetros marca Alpha, sendo os logarítmicos (A) de 500K para os volumes e os lineares (B) para os controles de tom. O potenciômetro logarítmico funciona melhor nos controles de volume. Para o tom, pode ser usado tanto o linear quanto o logarítmico.

Foi montado um aterramento com malha ligando os potenciômetros (mas sem fechar o circuito) e o aterramento segue o esquema em “estrela” onde se converge todas as ligações do aterramento para um único ponto. Todo esse cuidado é para reduzir ao máximo o ruído.

Para os capacitores, usei modelos em poliéster de 47nF. Nada especial, como capacitores paper oil ou New Old Stock. Os capacitores de poliéster funcionam muito bem.

Montei o circuito elétrico seguindo esquema utilizado na década de 50. Neste esquema de ligação, o capacitor de tom é conectado no terminal central do potenciômetro de volume (no esquema de ligação moderno, o capacitor é ligado no terminal externo do potenciômetro).

O esquema de ligação 50’s mantém as frequências agudas inalteradas ao se ajustar o controle de volume. O agudos soam mais claros, mesmo com o potenciômetro de volume num nível reduzido.

Qual esquema é melhor? Depende, é subjetivo, mas vale a pena testar este circuito na próxima revisão da sua guitarra.